quinta-feira, 1 de abril de 2010

AVALIAÇÃO FINAL

Caros Alunos,
A AVALIAÇÃO FINAL Na Disciplina Teoria do Conhecimento Científico será constituída pela redação de um texto original que deverá ter duas páginas, no mínimo e quatro paginas no máximo, ou cerca de 500 até 1.000 palavras, versando sobre um tema discutido nas aulas ou nos textos examinados durante o curso da disciplina.
Os textos deverão ser postados como comentário a esta mensagem. E serão recebidos até as 24:00hs. do dia 04 de maio de 2010.

LEMBREM-SE que o resultado do desempenho dos alunos nesta disciplina envolve: a)participação nas aulas; b)envio de comentário a todos os textos postados neste site; c)elaboração da AVALIAÇÃO FINAL.

17 comentários:

Renato disse...

Neste texto comentarei sobre as causas e consequências da existência de um “diabo epistemológico”, um ser que tenta o ser humano e faz com que tenhamos cada vez mais medo do erro.

Desde a idade antiga, os gregos já se questionavam sobre a existência do gênio maligno, um ser que atua no ser humano provocando o “conflito”, uma idéia que nos faz pensar em coisas como a maldade. René Descartes também pensava nisso em sua época. Ele acreditava que devemos expulsar o demônio do nosso corpo e procurar sempre a verdade, mas hora ou outra acabariamos por “voltar à vida ordinária”.
O que fica claro em ambas as formulações é que o demônio de uma forma ou outra nos leva ao erro, a fazer algo de forma a prejudicar a nós mesmos ou a outra pessoa a nossa volta. Mas o que me parece mais curioso é o fato de que não ficamos dependentes do erro. Podemos, além de errar, acertar. O diabo epistemológico é claramente psicológico e “brinca” com a nossa mente conforme nosso credo e conhecimento acerca dele. Quanto mais ele é conhecido por nós mesmos, mais fácil fica controlá-lo. Que fique bem claro, a intenção é controlá-lo, não expulsá-lo.
Quando se fala em expulsar um demônio epistemológico, a idéia é fazer com que percamos completamente o medo e pratiquemos ações com total confiança de que ela é certa. Ora, Karl Popper já nos precaveu sobre isso. Não podemos acreditar 100% em uma idéia. Toda teoria tem de ser falseável, não há uma verdade absoluta cientificamente falando. E o demônio do erro, quando “expulso”, nos leva a crer que nossas idéias são totalmente verdadeiras. É pensar de forma ingênua sobre nosso pensamento, sobre a epistemologia.
Por isso o mais certo é tentar controlar o diabo epistemológico. Ele é fruto das emoções humanas, ele é o que faz com que o progresso científico e de diversas outras áreas possa acontecer. Há diversos ditados populares como “É errando que se aprende” ou “Errar é humano” que fazem que esta afirmação se faça praticável. A teoria que não aceita o erro não tem fundamentos. Um exemplo claro: Se não aceitássemos o erro, até hoje acreditariamos que a fisica clássica proposta por Sir Isaac Newton seria a verdade absoluta, o que hoje é falseável em alguns pontos da ciência, com a existência da física quântica.
Mas fica cada vez mais difícil conviver com o demônio epistemológico quando aplicamos estas regras para nossas vidas cotidianas. Será que, em todos os pontos de nossas vidas, devemos ceder às nossas idéias quando erramos e tentar novamente? Por exemplo: Você não está indo bem no emprego, não gosta do que faz. Mas você depende daquele salário para sustentar sua família e sobreviver. Pergunta: Será que, deve-se mudar completamente, ficar desempregado, procurar um novo emprego e talvez até ganhar menos apenas para consertar um erro? Será que é válido arriscar a segurança, a comodidade, o bem-estar de pessoas a sua volta ou de si mesmo apenas por querer acertar com seus erros? Fica a dúvida, sabendo que, ao menos do ponto de vista epistemológico, persistir com um erro é ingenuidade. Errar, aprender com seu erro e consertá-lo é uma escolha sábia para um cientista.

Ale disse...

Enviei por e-mail, não coube na área de postagem.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ney carvalho disse...

Parte I
Na busca de caracterização de ciência, vários pensadores se empenharam, no inicio do século XX, para conseguir essas resposta, aprofundando nessa busca filósofos chegaram na base dos problemas etimológicos postos pelo conhecimento cientifico.
Na tentativa de resolução duas linhas de pensamento seguem-se na filosofia da ciência, são os filósofos analíticos e os filósofos hermeneutas. possui uma problemática quanto a fundamentação, já que sua base não se baseia na racionalidade ,não é possível o desenvolvimento de uma epistemologia irracionalista, Popper destaca o poder do uso do irracionalismo, dependendo dos argumentos utilizados, as idéias de natureza moral podem ter objetivos nocivos ou benéficos para a sociedade O racionalismo extremo, onde o conhecimento humano é aceito somente por algo explicável por meios de argumentos ou experiência, tem um ponto de inconsistência, que sua fundamentação não esta argumentada ou experimentada, sendo logicamente insustentável. enquanto hermeneuta seguem ideais que envolvem o impreciso o obscuro fora do mundo real.
Dentro da filosofia analítica se destaca o pensamento critico, posto pelo racionalismo critico tendo como seu principal filosofo Karl Popper. Sua convivência sobre influencias artísticas e filosóficas presente em seus pais não permitiam que aceitasse imposições e dogmas praticadas e impostas pelo marxismo e positivismo. Com isso também rompeu com as Teorias da ciência e da Psicologia até então praticadas.
Uma das preocupações de Popper sobretudo era sobre de qual forma seria interpretado e aplicadas suas teses, e assim como as teses do racionalismo critico são indissociáveis, e a utilização incorreta delas poderão ter interpretações adversa de sua ideologia central.
Sua famosa teoria de falseabilidade, é uma das principais teorias pela qual é lembrado, Popper propôs o critério de falseabilidade empírica para a separação entre ciência e não-ciência. A ciência progride graças ao ensaio e ao erro, às conjecturas e refutações. "O método da ciência é o método de conjecturas audazes e engenhosas seguidas de tentativas rigorosas de falseá-las". Só sobrevivem as teorias mais aptas.

ney carvalho disse...

Parte II
Nunca se pode dizer licitamente que uma teoria é verdadeira, pode-se dizer que é a melhor disponível, que é melhor que qualquer das que existiam antes.
Diferentes formas de interpretações da ciência podem resultar em diferentes regras metodológicas , mantendo o aspecto conjectural da ciência, esse aspecto pode ser identificado como essencialismo modificado.
A ciência moderna mantêm o seu aspecto hipotético e presuntivas , não garantindo a veracidade das sentenças para aplicação dos métodos científicos ,faz-se necessário adotar incertezas cientificas para se ter um progresso cientifico

Outro ponto destacado por Popper é a diferenciação entre as ciências sociais e naturais, e histologia.Basicamente a metodologia usada por ambas ciências são a mesma, porem o seu uso na histologia não é possível uma vez que seus fatos são independentes e não é possível algum tipo de previsão sobre ocorrer novamente esse fato no futuro , e outro fator é a influencia exercida pelo historiador na tese criada, sendo possível uma tendência direcionada a seu objetivo. Desse modo não é possível uma padronização de metodologia para aplicação na histologia impossibilitando em experimento testável, não sendo classificada como uma ciência.Porem o uso dos dados históricos é útil para desenvolvimento e evolução das ciências.
Mesmo sendo considerado por Popper uma ciência ,as ciências sociais apresenta um problema, a utilização das teorias devem ter delimitações, uma vez que os micros aspectos influenciam os macros, porem um aspecto negativo aparece, quanto menor o conteúdo de amostragem, menor também é a utilidade dos dados colhidos, outro aspecto peculiar nas ciências sociais é o fator humano, que praticamente imprevisível dificulta previsões cientificas.
Não importa se a ciência é natural ou social, ela continua mantendo a sua característica de explicações possíveis, conjecturais e hipotéticas não sendo consideradas como verdadeiras.
Porem outra tendência vem com o Positivismo e o Marxismo, que caracterizam a ciência como a verdade absoluta dos fatos, sendo eles naturais ou sócias, e até mesmo históricos. A felicidade, conforto e evolução da sociedade somente será possível através do uso da ciência como fonte da verdade, assim o cientista estaria a frente dessa sociedade. Popper os contraria e explicita suas idéias através dos princípios do racionalismo critico, que mantém as ciências como um instrumento de critica e debate, e seus resultados somente hipotéticos e conjecturais.

Rodrigo Santiago disse...

Enviei por e-mail também

IRS disse...
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IRS disse...
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Dono do blogg disse...

enviei por e-mail

Giuliano disse...

Enviei por e-mail.
Caracteres excedentes.

IRS disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
IRS disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Valle disse...

Enviado por e-mail!

Unknown disse...

Parte I

A idéia de que o fato de a os processos naturais aparentarem seguir as regras da razão implica na razão ser a verdade sobre a natureza é antiga. Desde os filósofos estóicos na grécia antiga até as grandes teorias historicistas do século XIX, como o positivismo e o marxismo, todos viram uma razão inata na natureza.

Uma das proposições de Karl Popper é a de que o processo de crescimento do conhecimento científico se dá de forma análoga à evolução. Nesse texto tentarei utilizar essa teoria para tentar sustentar a conclusão dogmática de que se o conhecimento científico se desenvolve de maneira racional análoga à evolução, e, a evolução, por sua vez, é um reflexo de processos naturais, então a natureza possui um tipo de razão, e, portanto, o conhecimento científico é a verdade. Em seguida criticarei essa posição.

Aparentemente essa conclusão se deve a crença de que se um processo possui certas características então o sistema que deu origem a ele também possui as mesmas características. Ou seja, se a evolução se desenvolve seguindo as leis da lógica não é razoável concluir que a natureza, o sistema no qual a evolução se desenvolveu, também opera seguindo as mesmas leis e consequentemente o universo opera de maneira racional? De fato é uma idéia tentadora. Tomemos como exemplo um animal que é caçado pelo seu predador, para sobreviver ele deve correr mais rápido ou será devorado. Correr mais rápido (ou achar qualquer outro meio alternativo) é uma exigência lógica para a sobrevivência do animal. Mas se essa situação tem lógica e ela faz parte da natureza então não é a lógica algo inerente à natureza? Parece razoável acreditar que podemos entender o funcionamento de um sistema a partir da maneira como ele se expressa. E, se a mente humana é um resultado da evolução, que segue as mesmas leis lógicas da natureza, e o conhecimento científico evolui de forma darwiniana, não é razoável supor que este seja superior as outras formas de conhecimento? Além do mais devemos levar em consideração que o conhecimento científico é o único que parece apresentar evolução, diferentemente de outros, como a religião e a arte que são estacionárias. Então se o conhecimento científico, que é racional, se baseia na evolução, que também é racional, e essa tem origem na natureza pode-se facilmente concluir que a natureza também opera de maneira racional e, portanto, a ciência é capaz de dizer a verdade acerca da natureza.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Parte II

Essa teoria apresenta diversas falhas. Primeiramente ela supõe que como todos os fatos que foram observados são racionais então a natureza é racional. Mas ela se esquece que todos os fatos que foram observados não são todos os fatos observáveis. Não é possível inferir uma regra geral de casos específicos. Não importa o quão numeroso esses sejam. O máximo que pode acontecer é que a teoria é corroborada, mas não comprovada. Além do mais o próprio Popper diz que a teoria da evolução é metafísica, ou seja, está além da experimentação, e, portanto, não é nem possível provar que a evolução darwiniana é de fato a maneira como a natureza opera. Além do mais temos o problema de que mesmo que seja verdade que a natureza tem agido de maneira racional desde o início dos tempos não temos garantia de que a racionalidade seja a maneira como a natureza opera. Pois se o universo tiver uma existência infinita e a probabilidade dele operar de maneira racional seja muito pequena, ainda sim, devido ao espaço de tempo infinito, pode ser que o universo tenha agido de maneira racional por mero acaso. Ou ainda, é possível que o universo não opere de maneira racional mas opere de outra forma, e a racionalidade é um caso particular dessa forma, da mesma maneira como a teoria de Newton é um caso particular da teoria de Einstein, ou seja, as fórmulas de Newton só eram consideradas corretas porque os parâmetros que fariam com que elas não funcionassem eram pequenos demais na maioria dos casos experimentados pelos seres humanos. Só quando os cientistas descobriram casos em que ela não valia é que começaram a questioná-la. Do mesmo modo talvez só questionemos a razão quando descobrirmos um caso onde ela não pode ser aplicada. Outro ponto interessante que deve ser levantado é o de que o fato de a ciência aparentar ser a única forma de conhecimento que apresenta progresso não significa que ela é verdadeira. Ela decorre da noção de que algo que progride é melhor, já que ele progride em direção a algo melhor. Mas não temos nenhuma garantia de que tal argumento é verdadeiro. Além do mais, mesmo que ele seja, como podemos garantir que o conhecimento religioso não progride pois já atingiu a verdade? Mesmo se atentarmos ao fato de que existem várias religiões, talvez exista mais de uma verdade.

Concluindo, acho que é razoável dizer que todas as alegações de que o universo opera de maneira racional e que a ciência é o modo de se chegar a verdade são resultados da inferência realizada a partir de casos particulares e da nossa impressão de que a ciência é superior pois ela progride. No entanto, por mais que nos sintamos tentados a considerar a ciência como superior devemos atentar ao fato de que essa conclusão não tem sustentação epistemológica. E, como bons racionalistas críticos, devemos ser céticos das nossas impressões e tomar cuidado para que nossas crenças não sirvam de justificativa para atos que podem ser prejudiciais aos outros voluntária ou involuntariamente.

Giuliano disse...

Done!!
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